Lilypie Angel and Memorial tickers

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mães super especias...e uma atitude em comum: AMAR!

Atravez do blog, tenho conhecido mamães super especiais, com historias muito parecidas, e sentimentos praticamente idênticos aos meus.
Quando leio os blogs ou converso com essas mamães, vejo como é importante o dialogo e a troca de experiências, num momento em que nos sentimos perdidas, carentes e com mileuma duvidas na cabeça.
Compartilhar a experiência vivida tem sido muito bom, e acho que todas as mamães de bebes com diagnósticos como o de anencefalia/acrania, deveriam ter mais apoio e ser encaminhadas para algum grupo de apoio, onde a decisão de levar a gravidez a diante é apoiada e tratada com respeito!
Atravez de uma dessas amigas virtuais, tive uma resposta para a grande questão do PORQUE?
Porque isso foi acontecer comigo? é essa a pergunta que toda mãe faz, PORQUE, se eu queria tanto esse bebe, eu o amo tanto? PORQUE?
A melhor resposta que encontrei é que fomos escolhidas para gerar esses bebes especias, porque JAMAIS SERIAMOS CAPAZ DE FAZER MAL A ELES, Deus sabe que o amaríamos de qualquer forma, que nunca faríamos nada para interromper a vida desses anjos, que daríamos tudo de nos para que esses anjinhos pudessem ter a breve vida mais digna possível!
E essa resposta me alivia a alma, porque sei que fiz meu papel, e minha doce Aninha veio pra me ensinar o que é o amor, o que é forca e superacão!

E para quem ainda não teve a oportunidade, conheçam mais uma historia de uma Super Mamãe, e uma grande amiga Camila e seu anjinho Miguel no blog http://miguelpequenolutador.blogspot.com/

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Lembranças...o dia do parto

O grande dia, o dia que toda mamãe espera, planeja, tem duvidas, medos, mil e um sentimentos, a maioria comuns em todas as maes...
Mais para uma mamae de um bebe especial, com um diagnostico de anencefalia, acho que esses sentimentos se tornam ainda mais intensos, a espera, o planejamento de uma situacao que é uma incerteza, duvidas, e como eu tive duvidas, medos...e a fé e a esperanca lutando contra as explicacões de um diagnostico tao cruel, um diagnostico incopativel com a vida.
Até o ultimo momento eu tive esperanca, fé em Deus que um milagre poderia acontecer, mesmo ouvindo o contrario a cada consulta, carreguei a esperanca comigo até o ultimo instante, e nao me arrependo de ter acreditado, gracas a minha fé eu fui feliz durante minha gravidez, feliz em quase 100% do tempo.
E quanto mais se aproximava o grande dia, mais pensamentos vinham a minha mente...como seria se ela vivesse, como seria quando eu pegasse ela no colo pela primeira vez, como que as roupinhas ficariam nela, será que eu poderia amamenta-la?
Como toda mae, eu tinha meus medos, mas poucos em relacao a mim, todos meus medos eram em relacao a situacao que me aguardava, o que eu teria que enfrentar, sera que eu estava preparada?
E no grande dia, dia 30 de marco, minha bolsa estava pronta, a bolsa da Aninha tambem, eu levei bastante roupa, tudo que um bebe precisa para passar uns tres dias no hospital, meu parto foi cesarea, e as 7:15 da manha eu ja estava lá, eu meu marido, minha mae e minha tia...
Pensei em fugir, pra poder deixar minha filha dentro de mim mais um pouco, e na situacao que eu enfrentava, nem achei que era tanta loucura assim...
Por volta das 8 horas da manha eu ja estava vestida com aquelas camisolas verde, deitada na sala de cirurgia, colocaram a entrada para o soro e os remedios, me pediram sentar, e diferente de muitos relatos de partos cesareas que já ouvi, nao vi o anestesista me aplicar a anestesia nas costas, nao sei se me deram algum calmante, alguma coisa na veia, nao senti empurrarem o bebe pra baixo, como muitas mamaes sentem, nem pressao nos pulmoes...nada...
So me lembro de ter entregado minha vida e a vida da minha filha nas maos de Deus, pedi que fosse feita a vontade Dele, e meu pedido naquela hora foi que ela nao sofresse, eu nao aguentaria ver ela sofrendo....
Ouvi uma enfermeira me chamar, lembro que ela teve que chamar meu nome duas vezes até eu responder, entao ela me perguntou se eu queria ver minha filha....eu disse que sim! queria muito ve-la, me mostraram ela rapidamente, e levaram pra outra sala...e nao pude mais ve-la.
Continuei assim meia perdida, meia sedada, nao sei explicar, nao era normal, nao era como me disseram que seria...
Lembro do rostinho da minha princesa, lembro dela enrolada nos panos azuis, com os bracinhos pra fora, se mechendo, mas eu nao pude fazer nada...nao podia sair e ir atras, aproveitar mais um pouco o tempo com ela...nao estava nas minhas maos decidir o que seria...
Ja se passaram 7 meses, e eu tenho muita saudade...
Quero deixar claro que no meu caso, minha filha viveu somente 30 minutos, mas existem muitos casos de bebes que sobrevivem por bastante tempo, varios casos que já citei aqui no blog, e que fico muito feliz de acompanhar.
Para as mamaes que passam por algo parecido, eu aconselho que tenham uma gravidez mais tranquila possivel, o grande dia irá chegar, é inevitavel, mas o que irá acontecer, só Deus sabe, e de qualquer forma, ser mae sempre é um grande presente, o melhor que já recebi em minha vida!